Diversos estudos atuais atestam os
benefícios do alho para a manutenção da saúde física. Uma das pesquisas mais
recentes concluiu que comer alho cru reduz em 44% das chances de câncer no
pulmão.
Essa pesquisa foi realizada na China,
pelo Jiangsu Provincial Centre for Disease Control and Prevention. No caso de
fumantes, a ingestão do alimento reduziu em 30% a probabilidade de ocorrência
desse tipo de câncer.
Mas
como é o mecanismo desse processo de prevenção ou detenção do desenvolvimento
de câncer? É que normalmente as células envelhecem e morrem, mas as células com
estrutura do DNA danificada não seguem esse processo, tornando-se “imortais”. E
são estas que formam os tumores. O alho reduz o crescimento dessas células danificadas,
provocando sua morte e sendo assim um dos melhores alimentos anticâncer da
atualidade.
Em 1858, o famoso microbiologista francês
Louis Pasteur divulgou resultados de sua pesquisa
sobre propriedades bactericidas do alho. E durante a primeira guerra mundial o
alho foi largamente utilizado em curativos, para prevenir infecções.
Dentre os resultados das recentes
pesquisas sobre este bulbo encontram-se a capacidade de reduzir a pressão
arterial, baixar o colesterol, e também a sua atividade antiviral,
antibactericida e antifúngica.
Grande parte desses recentes estudos
utilizou doses de 600 a 900 mg por dia. Isso corresponde a 3,6 – 5,4 mg de
alicina, seu princípio ativo, e equivale a um dente de alho grande ou dois
dentes pequenos.
A forma de consumo na qual se
aproveitam suas principais propriedades é crua, podendo ser triturado, amassado
ou picado, deixando dez minutos em repouso para a formação da alicina.
O alho cozido ou frito não possui as
mesmas propriedades do alho cru, pois o aquecimento provoca uma redução da ação
da aliinase. No caso do alho frito, a redução da alicina total é de 90%, ou
seja, uma perda muito grande.
A sugestão é consumir in natura, triturado ou fatiado em finas
lascas em saladas, no molho da salada ou em sanduíches.
O que a maioria dos indivíduos teme
é o hálito que o alho pode provocar. Com apenas um dente de alho cru, o que
fica forte na boca é o sabor, e você pode pensar que os outros estão sentindo
também.
Outros estudos ao redor do mundo
constataram a redução do desenvolvimento de outros tipos de câncer como o
intestinal, de cólon de útero, de mama e de próstata, e também de estômago e
esôfago.
A dose recomendada para consumo é de
um dente grande ou dois dentes pequenos de alho por dia. E o que causa mais
horror: cru. Mas é muito bom mesmo, para a saúde e disposição. Muito
antioxidante!
Parênteses: Uma
curiosidade sobre o alho vem das histórias do Egito Antigo – arqueólogos
encontraram registros de seu uso em inscrições nas pirâmides. Nelas, constam que
os escravos que trabalharam em tais construções eram alimentados com alho, para
que seu rendimento físico fosse aumentado e também para que adquirissem
imunidade contra as epidemias da época, como a cólera, o tifo e a varíola.
Dizem também que os babilônios utilizavam-no em tratamentos de doenças respiratórias
e problemas de pele. Abraços a todos, Sandra
K.
Sandra Kussunoki é mestre em ciências da motricidade pela
UNESP/Rio Claro, educadora física, engenheira química (UNICAMP), professora
de danças (ventre, salão e flamenco), proprietária de escola de dança em Mogi
Mirim e terapeuta holística. Escreve aos sábados essa coluna. (contato: sandrakussunoki@hotmail.com
/ 9 9219-4986)