quinta-feira, 7 de maio de 2015

Meditação para Iniciantes


Artigo publicado em 2 de maio de 2015 no jornal "O IMPACTO" de Mogi Mirim, na coluna CORPO EM MOVIMENTO sobre saúde e bem-estar

            Você alguma vez já se perguntou: o que eu tenho que fazer para meditar? Ao final desse artigo vou dar uma dica de um dos tipos de meditação. É sempre bom encontrar um local tranquilo, que fique o máximo possível livre de ruídos. Pode ser na sua casa, ou na natureza.
            Cada vez mais estudos são publicados sobre a meditação, que vem demonstrando ser uma prática extremamente eficaz nos tratamentos de stress e insônia, além de reduzir o risco de ataques cardíacos e até mesmo melhorar a resposta do organismo a tratamentos contra o câncer.
            A verdade é que fechar os olhos, parar de pensar e concentrar-se somente no presente não é uma tarefa fácil no início. Chega uma tormenta de pensamentos a todo instante, e nesse nosso mundo contemporâneo, veloz e cheio de atividades - aliás, cada vez mais enchemos nossa lista diária de atividades - parece uma utopia conseguir brecar esse processo. Mas há quem consiga.
            Estudos relatam que os benefícios da meditação são muitos, e vão bem além do relaxamento. Por meio de ressonância magnética e tomografia, cientistas americanos da Universidade de Oregon comprovaram que a meditação altera o funcionamento de algumas áreas do cérebro, o que acaba influenciando positivamente no equilíbrio geral do organismo.
            O que veio a tona com essas pesquisas é que esta prática estimula a atividade do córtex cingulado anterior (área ligada à atenção e concentração), do córtex pré-frontal (ligado à coordenação motora) e do hipocampo (que armazena a memória).
            Atualmente, os estudos sobre meditação se relacionam mais comumente a seis áreas: redução do stress, melhoria do sistema cardiovascular, insônia e distúrbios mentais, alívio da dor, reforço do sistema imunológico e melhoria na concentração.
            Quanto ao stress, a afirmação é a de que meditar pode ser mais repousante do que dormir. Indivíduos que meditam há mais de dez anos, todos os dias, apresentam uma redução na produção de adrenalina e cortisol, hormônios que estão associados à ansiedade, déficit de atenção e à hiperatividade. Além disso, experimentam uma elevação na produção de endorfinas, que trazem a sensação de felicidade e prazer. Essa alteração hormonal foi observada por pesquisadores do Davis, Center for Mind and Brain, da Universidade da Califórnia. Outro estudo, nessa mesma universidade, mediu o acúmulo de gordura nas artérias de 30 pessoas com pressão alta. Metade dessas pessoas meditaram por 20 minutos, duas vezes por dia, durante 7 meses, e a quantidade de gordura reduziu significativamente. Já no grupo controle, que não meditou, a quantidade de gordura permaneceu inalterada.
            A meditação não se resume a uma técnica, existem várias. Estas diferem na duração e no método, que pode ser em total silêncio, ou entoando mantras, por exemplo. É interessante encontrar um grupo, ou um mentor para iniciar a prática, pois dessa forma consegue-se uma orientação para seguir.
            Normalmente, o objetivo inicial da meditação é silenciar a mente, nada mais. E o que quer que seja que venha, além disso, virá por acréscimo. É lucro.       Independente de qual técnica que vá ser empregada, o que importa é que haja continuidade. A indicação é que a meditação seja praticada diariamente, pois dessa maneira é que podem ser alcançados os demais benefícios.
            Dicas de uma das técnicas: 1) encontre um lugar silencioso, e onde não vá ser perturbado; 2) sente-se com a coluna ereta e feche os olhos; 3) concentre-se na própria respiração, porém inspirando e expirando normalmente, sem tentar controlar. Apenas observe; 4) ao observar a respiração, vai constatar que ela muda naturalmente. Não tente controlar esse processo, novamente: apenas observe; 5) pode ser que você se desconcentre de vez em quando, pensando em outras coisas ou prestando atenção a ruídos externos. Se isso acontecer, desvie a atenção para a respiração; 6) pratique essa técnica por 10 a 20 minutos seguidos.
            Para quem quiser se arriscar, tenha uma boa meditação!

Parênteses: Com a prática da meditação, o que também pode vir por acréscimo, além dos benefícios físicos, é a paz de espírito e uma maior intuição. Tranquilidade e clareza nas decisões diárias é algo desejável não só atualmente, mas desde sempre. Talvez por isso a meditação seja uma prática milenar que permanece viva até os dias de hoje. Desejo um excelente final de semana a todos! Abraços, Sandra K.

Sandra Kussunoki é mestre em ciências da motricidade e educadora física (UNESP/Rio Claro), engenheira química (UNICAMP), professora de dança e terapeuta holística. Escreve aos sábados essa coluna. (sandrakussunoki@gmail.com)

sábado, 14 de março de 2015

Palestra do Café Filosófico com Luciana Ayer - MUITO BOMMM!!!

Gente, segue o link da palestra da nuticionista Prof.Dra. Luciana Ayer, que eu tive o prazer de assistir em outro momento em outra gravação do Café Filosófo na CPFL em Campinas.

Essa é uma palestra mais curta, e mais recente, com informações valiosas de alimentação, de quem realmente entende do assunto.

Com vcs, Luciana Ayer!

(copiem e colem no navegador)

http://www.cpflcultura.com.br/wp/2012/05/18/resgatando-o-simples-em-nossas-vidas-vamos-comer-comida-luciana-ayer/


sábado, 7 de fevereiro de 2015

Alho cru como prevenção ao câncer

Artigo publicado em 31 de janeiro de 2015 na coluna do jornal "O IMPACTO" de Mogi Mirim, do qual sou colunista semanal



        Diversos estudos atuais atestam os benefícios do alho para a manutenção da saúde física. Uma das pesquisas mais recentes concluiu que comer alho cru reduz em 44% das chances de câncer no pulmão.
        Essa pesquisa foi realizada na China, pelo Jiangsu Provincial Centre for Disease Control and Prevention. No caso de fumantes, a ingestão do alimento reduziu em 30% a probabilidade de ocorrência desse tipo de câncer.
        Mas como é o mecanismo desse processo de prevenção ou detenção do desenvolvimento de câncer? É que normalmente as células envelhecem e morrem, mas as células com estrutura do DNA danificada não seguem esse processo, tornando-se “imortais”. E são estas que formam os tumores. O alho reduz o crescimento dessas células danificadas, provocando sua morte e sendo assim um dos melhores alimentos anticâncer da atualidade.
        Em 1858, o famoso microbiologista francês Louis Pasteur divulgou resultados de sua pesquisa sobre propriedades bactericidas do alho. E durante a primeira guerra mundial o alho foi largamente utilizado em curativos, para prevenir infecções.
        Dentre os resultados das recentes pesquisas sobre este bulbo encontram-se a capacidade de reduzir a pressão arterial, baixar o colesterol, e também a sua atividade antiviral, antibactericida e antifúngica.
        Grande parte desses recentes estudos utilizou doses de 600 a 900 mg por dia. Isso corresponde a 3,6 – 5,4 mg de alicina, seu princípio ativo, e equivale a um dente de alho grande ou dois dentes pequenos.
A forma de consumo na qual se aproveitam suas principais propriedades é crua, podendo ser triturado, amassado ou picado, deixando dez minutos em repouso para a formação da alicina.
O alho cozido ou frito não possui as mesmas propriedades do alho cru, pois o aquecimento provoca uma redução da ação da aliinase. No caso do alho frito, a redução da alicina total é de 90%, ou seja, uma perda muito grande.
A sugestão é consumir in natura, triturado ou fatiado em finas lascas em saladas, no molho da salada ou em sanduíches.
O que a maioria dos indivíduos teme é o hálito que o alho pode provocar. Com apenas um dente de alho cru, o que fica forte na boca é o sabor, e você pode pensar que os outros estão sentindo também.
Outros estudos ao redor do mundo constataram a redução do desenvolvimento de outros tipos de câncer como o intestinal, de cólon de útero, de mama e de próstata, e também de estômago e esôfago.
A dose recomendada para consumo é de um dente grande ou dois dentes pequenos de alho por dia. E o que causa mais horror: cru. Mas é muito bom mesmo, para a saúde e disposição. Muito antioxidante!

Parênteses: Uma curiosidade sobre o alho vem das histórias do Egito Antigo – arqueólogos encontraram registros de seu uso em inscrições nas pirâmides. Nelas, constam que os escravos que trabalharam em tais construções eram alimentados com alho, para que seu rendimento físico fosse aumentado e também para que adquirissem imunidade contra as epidemias da época, como a cólera, o tifo e a varíola. Dizem também que os babilônios utilizavam-no em tratamentos de doenças respiratórias e problemas de pele. Abraços a todos, Sandra K.

Sandra Kussunoki é mestre em ciências da motricidade pela UNESP/Rio Claro, educadora física, engenheira química (UNICAMP), professora de danças (ventre, salão e flamenco), proprietária de escola de dança em Mogi Mirim e terapeuta holística. Escreve aos sábados essa coluna. (contato: sandrakussunoki@hotmail.com / 9 9219-4986)