sábado, 7 de fevereiro de 2015

Alho cru como prevenção ao câncer

Artigo publicado em 31 de janeiro de 2015 na coluna do jornal "O IMPACTO" de Mogi Mirim, do qual sou colunista semanal



        Diversos estudos atuais atestam os benefícios do alho para a manutenção da saúde física. Uma das pesquisas mais recentes concluiu que comer alho cru reduz em 44% das chances de câncer no pulmão.
        Essa pesquisa foi realizada na China, pelo Jiangsu Provincial Centre for Disease Control and Prevention. No caso de fumantes, a ingestão do alimento reduziu em 30% a probabilidade de ocorrência desse tipo de câncer.
        Mas como é o mecanismo desse processo de prevenção ou detenção do desenvolvimento de câncer? É que normalmente as células envelhecem e morrem, mas as células com estrutura do DNA danificada não seguem esse processo, tornando-se “imortais”. E são estas que formam os tumores. O alho reduz o crescimento dessas células danificadas, provocando sua morte e sendo assim um dos melhores alimentos anticâncer da atualidade.
        Em 1858, o famoso microbiologista francês Louis Pasteur divulgou resultados de sua pesquisa sobre propriedades bactericidas do alho. E durante a primeira guerra mundial o alho foi largamente utilizado em curativos, para prevenir infecções.
        Dentre os resultados das recentes pesquisas sobre este bulbo encontram-se a capacidade de reduzir a pressão arterial, baixar o colesterol, e também a sua atividade antiviral, antibactericida e antifúngica.
        Grande parte desses recentes estudos utilizou doses de 600 a 900 mg por dia. Isso corresponde a 3,6 – 5,4 mg de alicina, seu princípio ativo, e equivale a um dente de alho grande ou dois dentes pequenos.
A forma de consumo na qual se aproveitam suas principais propriedades é crua, podendo ser triturado, amassado ou picado, deixando dez minutos em repouso para a formação da alicina.
O alho cozido ou frito não possui as mesmas propriedades do alho cru, pois o aquecimento provoca uma redução da ação da aliinase. No caso do alho frito, a redução da alicina total é de 90%, ou seja, uma perda muito grande.
A sugestão é consumir in natura, triturado ou fatiado em finas lascas em saladas, no molho da salada ou em sanduíches.
O que a maioria dos indivíduos teme é o hálito que o alho pode provocar. Com apenas um dente de alho cru, o que fica forte na boca é o sabor, e você pode pensar que os outros estão sentindo também.
Outros estudos ao redor do mundo constataram a redução do desenvolvimento de outros tipos de câncer como o intestinal, de cólon de útero, de mama e de próstata, e também de estômago e esôfago.
A dose recomendada para consumo é de um dente grande ou dois dentes pequenos de alho por dia. E o que causa mais horror: cru. Mas é muito bom mesmo, para a saúde e disposição. Muito antioxidante!

Parênteses: Uma curiosidade sobre o alho vem das histórias do Egito Antigo – arqueólogos encontraram registros de seu uso em inscrições nas pirâmides. Nelas, constam que os escravos que trabalharam em tais construções eram alimentados com alho, para que seu rendimento físico fosse aumentado e também para que adquirissem imunidade contra as epidemias da época, como a cólera, o tifo e a varíola. Dizem também que os babilônios utilizavam-no em tratamentos de doenças respiratórias e problemas de pele. Abraços a todos, Sandra K.

Sandra Kussunoki é mestre em ciências da motricidade pela UNESP/Rio Claro, educadora física, engenheira química (UNICAMP), professora de danças (ventre, salão e flamenco), proprietária de escola de dança em Mogi Mirim e terapeuta holística. Escreve aos sábados essa coluna. (contato: sandrakussunoki@hotmail.com / 9 9219-4986)


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